sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Giorno 68 - O exame de proficiência

Acordei na quinta-feira (04/12) cedo. Tomei um banho, me troquei (e escolhi uma roupa bem confortável), tomei café e me preparei para ir à escola. Antes de sair de casa, encontrei Santi que me disse:

- Aqui na Itália não se diz 'boa sorte', se diz 'in boca al lupo'.

E eu respondi:

- Crepi

Ele sorriu e me disse:

- Boa, Talita! Se você já sabe isso, vai passar no teste!



Caminhei tranquilamente até a escola. Quando cheguei, pedi um café e ganhei dois pedaços de bolo de presente da família proprietária do bar, que são sempre gentis.

Quando segui para o teste, queria desistir. De repente, bateu um medo de falhar. E se eu não passar? Agora o mundo inteiro tem acesso a este blog e sabe que eu posso ser um fracasso no italiano depois de estudar por três meses.

Lembrei de quando fui visitar o Parque do Harry Potter, na Universal Studios de Orlando, na Florida (EUA), há alguns anos. Antes de eu ir, minha grande amiga Madá pediu que eu lembrasse dela quando entrasse na montanha-russa. Eu não sou exatamente fã de montanhas-russas porque deteste ficar de ponta cabeça, então, quando entrei no carrinho, bateu um leve desespero porque vi que dali não tinha volta. Xinguei a Madá gritando bem alto a cada looping. Não deixou de ser uma lembrança, né? rs.

Mas o fato é que a caminho do exame CILS (Certificazione di Italiano come Lingua Straniera) me senti exatamente como naquela montanha-russa: com um leve desespero, mas sem caminho de volta: só me restava completar o percurso e acabar com a ansiedade.

Fiz o exame e antes que me perguntem, já respondo: completei a prova inteira e não deixei nada em branco. ACHO que fui bem, mas não quero criar grandes expectativas. O resultado só chega daqui um bom tempo, tipo março/2015, então, não posso mais pensar nisso!

Depois do exame, almocei na escola e eu, Gabriel, Tato, Matias e Thais (uma brasileira que chegou essa semana, mas que já estudou na escola no começo do ano) fomos até um supermercado perto do Vaticano onde se vende produtos brasileiros.

Chovia torrencialmente e Roma era um verdadeiro caos cinza.

Quando chegamos ao supermercado descobrimos que não conseguiríamos fazer o que havíamos pensado porque os produtos não eram muitos e o que tinha era muito caro (tipo uma garrafa de cachaça 51 a 20 euro - VINTEEURO!!!).

Então, mudamos um pouco o esquema da festa e a transformamos em sulamericana, o que foi ótimo!

Quando saímos, a chuva tinha sumido e um belo arco-íris tinha tomado conta do céu de Roma, que não se cansa de me surpreender a cada dia e que me lembrou que até mesmo os dias mais cinzas têm cores a serem apreciadas.



Voltamos para escola e encontramos todo mundo por lá, então, decidimos caminhar até o bar de Fabrizio, porque era o último dia de Joel a Roma, um suíço da parte francesa.

Fazia um frio absurdo e eu não tinha 1 euro na carteira porque tinha esquecido de pegar dinheiro, mas Clemi e Gabriel fizeram a alegria da minha noite e a quinta-feira que era para ser tranquila se transformou num 'casino' e com todo mundo bêbado.

Rolou pegação, rolou desilusão amorosa, rolou bate-boca de mulher... uma bagunça. Mas dessa vez eu e Gabriel éramos os brasileiros espectadores: assistimos tudo de camarote e demos muita risada porque, né... pimenta nos olhos dos outros é refresco, rs!

Na hora de ir embora eu fiquei meio brava porque de novo a galera tinha ido embora do bar do Fabrizio sem pagar a conta. Gabriel tinha me avisado que já tinha pagado a cerveja, mas Joel acabou pagando 50 euro de diversos shots e drinks que não tinham sido pagos.

Voltei para casa e apaguei porque estava muito muito cansada! :)


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